Em 1960 JK estava com a popularidade lá nas alturas. Mesmo assim não elegeu o sucessor. Recentemente, na América Latina, outros presidentes bem avaliados não conseguiram fazer o sucessor.
Os analistas que afirmavam, desde o ano passado, que Dilma herdaria a popularidade de Lula devem estar com os cabelos em pé. Citavam números, até para dar veracidade à hipótese. Até agora, contudo, o que vemos são as duas principais candidaturas estabilizadas: Serra na frente e Dilma em segundo, variando a diferença entre eles de 5 a 10% das intenções de voto.
Depois das duas últimas pesquisas (Ibope e Datafolha) nada aconteceu que mudasse este panorama. Se neste mês a diferença ficar estabilizada, veremos que ocorrerão várias defecções estaduais. O PMDB vai rachar, mas não sem antes saquear o que for possível do Estado. A seção gaúcha que têm uma tradição de combatividade – e de independência, nos últimos anos – já sinalizou que não vai apoiar Dilma. É uma defecção importante, tanto no sentido ideológico, como pela importância eleitoral do estado. Pode ser o sinal para outros rachas no partido.
Lula propala aos quatro ventos que Dilma não decolou por ele não entrou na campanha. Pura falácia. Ele faz campanha para ela desde 2008. Agora não pode fazer propaganda de acordo com a legislação eleitoral. Já sofreu duas penalidades do TSE. A pergunta que fica é se ele vai conseguir virar o jogo em favor de Dilma. Mais do que esta possibilidade, o que fica no ar é qual a postura que o TSE vai tomar.
Fonte:Blog do Villa