O Ministério Público Federal sustenta que existem indícios de que o esquema de corrupção na Petrobras continua funcionando. Ao requerer a prisão preventiva do ex-diretor de Área Internacional, Nestor Cerveró, preso na madrugada de ontem, 14, no Rio de Janeiro, os procuradores da República que integram a força tarefa da Operação Lava-Jato são taxativos. “Não há indicativos de que o esquema criminoso foi estancado. Pelo contrário, há notícias de pagamentos de ‘propinas’ efetuados por empresas para diretores da Petrobras mesmo em 2014” O MPF não detalha quais são estes pagamentos.
Os procuradores afirmam que Cerveró integra “a mais relevante organização criminosa incrustada no Estado brasileiro que a história já revelou”. Para eles, o ex-diretor é beneficiário de “esquema de corrupção multibilionário na Petrobras”. A Procuradoria anota que o esquema envolvia a indicação, por partidos políticos, de diretores da estatal, “os quais ficavam responsáveis por desviar dinheiro da estatal em benefício próprio, dos partidos e de agentes políticos”.
Os procuradores da República que integram a Lava-Jato destacaram a possibilidade de o ex-diretor da estatal ocultar dinheiro ilícito em paraísos fiscais. Ao alertar sobre o risco de fuga de Cerveró, os procuradores afirmam que ele mantém “vultoso patrimônio oculto do Estado, aproximadamente R$ 53 milhões só em propina”. (Fonte: Diário do Nordeste)