Mateus Fernandes de Sousa, conhecido como “Gato a Jato”, foi recapturado pela polícia no município de Choró, no Sertão Central, neste fim de semana. Ele estava foragido desde novembro de 2022, quando fugiu de uma viatura em movimento logo após o julgamento dele e outros dois homens que resultou a 207 anos de prisão por participação na Chacina de Quixeramobim. A informação é do G1-CE.
Mateus era o último que faltava ser recapturado após a fuga do trio a caminho de uma unidade prisional. Na ação, os acusados arrombaram a grade e pularam do veículo em movimento.
O primeiro localizado foi Izaias Maciel da Costa, o “Mucuim”, preso em 18 de janeiro em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, com armas, munição e dois carros roubados.
Já Francisco Fábio Aragão da Silva, conhecido como “Pão”, foi preso no dia 24 de janeiro, em uma casa no Bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. Ele já possui antecedentes criminais por homicídio, roubo e crime de administração pública, e teve envolvimento direto na chacina.
Fuga
Em 25 de novembro de 2022, Izaias, Fábio e Mateus foram condenados por homicídios qualificados por motivo torpe — disputa de facções criminosas — e recurso que impossibilitou defesas das vítimas, bem como por integrarem organização criminosa em julgamento ocorrido em Fortaleza.
Após a sessão, o trio foi levado ao carro da polícia para serem conduzidos à Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto, em Itaitinga.
À época, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que os três internos retornavam de uma audiência judicial e teriam arrombado a grade da cela do veículo e pulado da viatura em movimento.
Conforme a Secretaria, havia quatro policiais penais responsáveis pela escolta, devidamente armados, treinados e equipados. Eles, contudo, só perceberam a fuga ao chegarem a unidade prisional.
Na sequência, equipes iniciaram buscas para tentar recuperar os fugitivos, a qual contou com drones e câmeras termais. Além disso, o órgão comunicou ter aberto uma “investigação interna rigorosa” para apurar o ocorrido e encaminhado a situação para a Delegacia de Assuntos Internos.
Para o Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, a fuga do trio pode ter ocorrido por erro de protocolo, pois os detentos foram classificados como de “baixa periculosidade”.