No Ceará, 3. As intimidações foram praticadas por alunos do ensino fundamental, do 5º ao 9º ano. O número corresponde a 0,8% da quantidade de profissionais ouvidos, que totalizam 47.606 no ano de 2017.
O saldo consta no Anuário Brasileiro de Segurança Pública e revela que o Estado é o segundo do Nordeste onde mais educadores sofreram atentados, ficando atrás apenas da Bahia (504). Para chegar ao resultado, o estudo analisou os questionários da Prova Brasil do Ministério da Educação.
A pesquisa apontou ainda que de 3.880 gestores pedagógicos, 1.501 sofreram ameaça física ou verbal, o que representa 38,7% do valor integral. Além disso, 742 deles afirmaram ter presenciado estudantes na escola sob efeito de drogas ilícitas e outros 437 dizem ter percebido alunos sob efeito de bebida alcoólica.
Segundo o psicólogo, doutor em Educação e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Pablo Pinheiro, a violência nas escolas tem várias dimensões que podem ser categorizadas em, pelo menos, três aspectos: assédio verba, com deboches em sala, situações de racismo e insultos de cunho sexual; atentados contra a propriedade, quando estudantes atacam bens de professores como veículos, bolsas; e, agressões físicas. A mais recorrente delas, afirma o educador, são casos de assédio e ameaça. (Do G1-CE)