Reconduzido à Secretaria da Fazenda (Sefaz) pela terceira vez, Mauro Filho (PROS), assume a pasta em meio ao baixo crescimento da economia nacional e a contenção de despesas de custeio na gestão estadual. Durante reunião na última quarta-feira, 07, com seus secretários, o governador Camilo Santana (PT) informou as metas de contingenciamento, que serão de 20% para as Secretarias da Saúde, Educação e Segurança e 25% para as demais pastas.
Em entrevista no início da tarde desta sexta-feira, 09, ao Programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM 840, além de política, Mauro Filho destacou algumas medidas que serão adotadas em 2015.
Mauro revelou que durante a reunião foi designado para explanar para os novos secretários a realidade econômica e financeira do Estado do Ceará. O secretário fez questão de lembrar que a última gestão de Cid pagou todos os compromissos firmados: “O ex-governador Cid pagou todos os compromissos que ele gerou em seus mandatos […] Agora, no Ceará o investimento foi tão grande que atualmente o Estado está de um tamanho que a gente tem que gerenciar as receitas de uma maneira eficiente e controlar os gastos para que a gente continue tendo essa capacidade de investimentos”, disse.
Segundo Mauro Filho, sua principal preocupação no momento é se antecipar mediante as perspectivas pessimistas de crescimento nacional: “A minha preocupação como secretário é, primeiro: a economia mundial ainda está estagnada, o Brasil cresceu em 2014 menos de 1%, que é um percentual muito pequeno e há uma perspectiva de não crescer em 2015. O ministro da Fazenda Joaquim Levy já anunciou os cortes das despesas do Governo Federal, isso significa que aquelas transferências que o Governo Federal faz para estados e municípios vão ser afetadas. Primeiro que a união vai passar menos recursos e segundo porque quando a economia cresce menos o governo arrecada menos, portanto o que estamos fazendo aqui no Ceará é preparando o Estado para esta situação que vai acontecer em 2015. O bom é que esses cortes que nós estamos fazendo não vão prejudicar o atendimento lá na ponta, é mais internamente”, disse.
Apesar do quadro não ser muito favorável este ano, o entrevistado disse acreditar na retomada do crescimento em 2016. Mauro reforçou que pretende manter o Prêmio Contribuintes. “Meu interesse é continuar, mas a ideia é aprimorar. Estou pensando em premiar empresas que possam contribuir, no seu imposto de renda para o fundo da criança e da adolescente, porque hoje doam muito pouco para esse fundo. Estamos pensando em fazer um redesenho das premiações e com certeza ela será mantida ao longo do tempo”.
Política
Sobre a nomeação do ex-governador Cid Gomes ao Ministério da Educação, Mauro Filho afirmou tratar-se de uma importante pasta, principalmente no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), tendo em vista ser o ministério com o maior volume de recursos. “Com essa projeção nacional que ele vai ter, sabe o que vai acontecer? Ele se credencia nacionalmente para ter uma própria projeção de um candidato à presidência da República”, disse Mauro.
Sobre a possibilidade de Cid filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, o secretário disse não ser o momento certo para discutir o assunto: “Nós somos parceiros muito próximos do PT, tanto é que o ministro Cid escolheu com vários partidos um candidato do PT ao governo. Acho que nesse momento é prematuro nós falarmos de mudança alteração partidária”, enfatizou.
Postado por: Jornalismo – Sistema Maior de Comunicação