O presidente Lula é hoje o nome mais bem colocado em um cenário de primeiro turno nas eleições presidenciais de 2026, de acordo com levantamento do Paraná Pesquisas. Nessa sexta-feira, 13, o instituto divulgou os resultados da pesquisa de opinião pública realizada nos 25 estados do país e no Distrito Federal, em que foram entrevistados 2.020 eleitores com 16 anos ou mais. O grau de confiança da pesquisa é de 95% para os resultados gerais, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Segundo a organização, o objetivo foi “consultar a população sobre o ambiente político, a situação eleitoral para o Executivo Federal e a avaliação da administração federal”.
Quando questionados de forma espontânea sobre em quem votariam, caso as eleições fossem hoje, a maior parte dos entrevistados (51,2%) respondeu que não sabia. Os dois nomes mais citados foram Lula e Bolsonaro. O atual presidente foi lembrado por 22,1% dos entrevistados, enquanto o ex-líder do Executivo, que hoje está inelegível, receberia o voto de 14,2%. O terceiro candidato mais mencionado foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre os nomes indicados espontaneamente, apenas uma pessoa nunca exerceu cargo político, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que foi lembrada por 0,4% dos respondentes da pesquisa.
As outras perguntas foram estimuladas, isto é, o pesquisador cita um cenário com uma lista de candidatos. Em uma possível corrida eleitoral com Lula, Tarcísio de Freitas, Simone Tebet, Sergio Moro, Ciro Gomes, Romeu Zema, Ratinho Junior, Eduardo Leite, Tereza Cristina, Ronaldo Caiado, o presidente receberia 36,6% dos votos. Logo atrás, para um eventual segundo turno, estaria Tarcísio, com 12,7%.
Lula também foi testado em outros três cenários enfrentando os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e Paraná, Ratinho Júnior (PSD). O atual presidente venceria os três, mas ainda levaria o pleito para o segundo turno, uma vez que em nenhum dos cenários superou os 50% dos votos.
Entre Lula, Tarcísio de Freitas, Simone Tebet, Ciro Gomes e Eduardo Leite, o líder do Executivo receberia 37,6% dos votos, enquanto Tarcísio, 18,9%. Seguidos por Simone Tebet, com 9%, e Ciro Gomes, com 8,7% das intenções de voto. Brancos e nulos seriam 16,5% dos votos.
Entre Lula, Romeu Zema, Ciro Gomes, Simone Tebet e Eduardo Leite, o presidente receberia 37,6% dos votos. O governador de Minas Gerais seria votado por 15,3% dos entrevistados, acompanhado por Ciro Gomes e Simone Tebet, empatados com 8,8%. Os que responderam que votariam em branco ou nulo foram 19,3%, número superior às intenções de voto de Zema.
Na possível eleição entre Lula, Ratinho Junior, Ciro Gomes, Simone Tebet e Eduardo Leite, o presidente seria votado por 37,7% dos eleitores entrevistados. Ratinho Júnior, governador paranaense, receberia 12,8% dos votos, seguido por Ciro Gomes, com 9,2%, e Simone Tebet, com 8,7%. Assim como Zema, as intenções de voto para Ratinho Júnior são inferiores aos votos brancos e nulos, que nesse cenário correspondem à resposta de 21% dos entrevistados.
Avaliação do governo
Segundo a pesquisa, 51,6% dos entrevistados aprovam o governo Lula. Apesar de a aprovação de Lula ser superior à metade das respostas, ainda assim diminuiu desde a última pesquisa do instituto, realizada em maio deste ano. À época, o presidente era aprovado por 54,1% dos eleitores entrevistados, desaprovado por 39,4%, enquanto 6,5% responderam que não sabiam. Na pesquisa de outubro, o líder do Executivo é aprovado por 51,6% dos eleitores, desaprovado por 43,7%. Desta vez, apenas 4,7% dos eleitores entrevistados responderam que não sabiam ou optaram por não responder.
A pesquisa do instituto Paraná Pesquisas ainda perguntou acerca das expectativas dos eleitores em relação ao governo Lula. Apenas 31,3% dos entrevistados afirmaram que está pior do que esperavam. 28,4% dos entrevistados, por sua vez, disseram que está melhor do que esperavam, e 38,2% pontuaram que a administração de Lula está igual às expectativas iniciais. 2,1% dos eleitores não responderam ou não sabiam.
Quanto à questão econômica no governo Lula, para 30,5% dos entrevistados a situação melhorou, para 27% piorou e para outros 41% permaneceu como estava. 1,4% dos entrevistados responderam que não sabiam ou optaram por não responder. (Do Congresso em Foco)