A insuficiência de documentos que permitam o deferimento dos pedidos de registro de algumas candidatas mulheres aos cargos proporcionais revela que a exigência de que pelo menos 30% das candidaturas lançadas por cada partido ou coligação sejam ocupadas pelo sexo feminino faz agremiações lançarem postulantes apenas para atender ao quórum exigido.
Assim, torna-se comum que algumas mulheres nem retornem para solucionar qualquer pendência, mesmo depois do Tribunal Regional Eleitoral estipular o prazo para que os candidatos entreguem a documentação que falta para permitir a correção do problema. A preocupação não é, muitas vezes, apenas garantir a participação do pleito, mas permitir o cumprimento da porcentagem exigida sem prejudicar as demais candidaturas.
No curso do primeiro semestre deste ano, na Assembleia Legislativa cearense, algumas das atuais deputadas, dentre elas Mirian Sobreira (PROS) e Rachel Marques (PT), fizeram vários pronunciamentos defendendo um maior número de mulheres disputando cargos eletivos no pleito deste ano.
Somente até agora, o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu as solicitações de registro de nove pretensos postulantes ao cargos proporcionais. Desse total, a maioria das candidaturas foi motivada por pedidos de impugnações da Procuradoria Regional Eleitoral ou por falta de quitação de multas eleitorais, mas as solicitações de Vera Mariano (PSC) e Ana Cleide Pereira (PDT) foram rejeitadas por falta de documentação. (Fonte: Diário do Nordeste)