O cirurgião plástico Haeckel Cabral Moraes foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) como autor de homicídio doloso (intencional) qualificado, por motivo torpe, pela morte da jornalista Lanusse Martins Barbosa, no último dia 25 de janeiro, durante cirurgia de lipoaspiração.
No entendimento do MP-DF, o médico foi responsável pela morte da jornalista de 27 anos. O promotor de Justiça Diaulas Costa Ribeiro declarou que o cirurgião “assumiu o risco de produzir o resultado”, no caso, a morte de Lanusse. Para Costa, houve erro médico.
Segundo informa o site de O Globo, o médico pode ser condenado a até trinta anos de prisão, além de ter de arcar com indenizações por dano moral e material ao filho de seis anos de idade da jornalista. Segundo requisitado pelo MP, em caso de condenação, o médico terá de pagar R$ 1.404.200,00.
De imediato, o promotor pede que o cirurgião pague pensão alimentícia de dez salários mínimos mensais (R$ 5.100,00) e antecipe parte da indenização por dano moral, parcela sugerida pelo MP em R$ 255 mil.
De acordo com o promotor, considerando o laudo do Instituto Médico Legal (IML), está descartada a hipótese da jornalista ter morrido por embolia pulmonar, quando uma artéria é entupida por um segmento de gordura que é lançado na corrente sanguínea. Para ele, o ferimento de Lanusse é semelhante ao de uma pessoa “esfaqueada”.
“Ela morreu de uma facada. Houve a secção (corte) de vasos, provavelmente veias, e ela sangrou até morrer. A cânula entrou na cavidade abdominal. É um erro médico grave. Lipoaspiração é a aspiração de gordura superficial. Se entrou na cavidade abdominal, tem erro. Não pode chegar ali – disse Diaulas.
Ainda em sua acusação, o promotor sublinhou que a clínica em que foi realizada a cirurgia não tinha respaldo de hospital, tampouco de ambulância pronta para remover um paciente em situação emergencial. A jornalista morreu no centro clínico.
(Fonte: Portal Imprensa)