O diretório estadual do PT tem buscado negociar com credores que não receberam o pagamento pelos serviços prestados na campanha eleitoral do governador Camilo Santana para permitir o parcelamento das dívidas. Apesar de a legislação indicar que, para a agremiação assumir esse tipo de despesa, apresente a autorização de todos os credores com anuência da transferência do débito para a sigla, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) só recebeu os documentos referentes aos cobradores do montante de R$ 1,3 milhão de R$ 11,1 milhões contraídos e não quitados no processo eleitoral de 2014.
“Há dívidas de campanha registradas na prestação de contas decorrentes do não pagamento às despesas contraídas na campanha, no montante de R$ 11.138.664,76, porém, há a autorização do órgão nacional para assunção da dívida pelo diretório partidário estadual, mas somente alguns termos de anuência de credores”, alertou no processo de 20 volumes a juíza Joriza Magalhães.
Na prestação de contas feita junto ao TRE, Camilo declarou ter arrecadado doações de quase R$ 40 milhões, mas as despesas de campanha custaram em torno dos R$ 51 milhões, deixando como dívida cerca de R$ 11 milhões. O diretório estadual do PT pediu à direção nacional permissão para assumir as despesas, como determina a legislação, mas não apresentou o termo de anuência de todos os credores. (Do Diário do Nordeste)