Filhos e filhas,
“Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fl 4,13)
Começo a mensagem desta semana com o lema do meu sacerdócio, pois ontem quarta-feira, dia 14, completei 20 anos de vida sacerdotal. Queria agradecer a Deus primeiramente, por ter me chamado para o sacerdócio e confiado em mim. Sou realizado e muito feliz como padre. Não me canso em dizer, porque é uma verdade: se nascesse de novo, padre seria.
Gostaria também de agradecer a todas as pessoas que partilham comigo a alegria de celebrar 20 anos de vida sacerdotal, a começar pela minha família, meu pai vicentino, minha mãe do apostolado da oração, os dois já falecidos, mas ainda assim, exemplos de fé e espiritualidade.
Quando Deus me escolheu, Ele me chamou para uma missão da qual eu não tinha consciência. Com 12 anos, idade que ingressei no seminário, ninguém sabe com plenitude o que quer, mas Deus me chamou.
Um dos exemplos clássicos de vocação e chamado de Deus é Samuel (cf. 1Sm 3). Sugiro a leitura deste belo texto. Deus o chamou e ele voltou a dormir, Samuel precisou de um ouvido treinado, o de seu mestre, para identificar que era Deus o chamando. Eu tive a graça na minha vida e agradeço muito a Deus, de ter muitos ouvidos treinados que me encaminharam.
Tenho consciência que, como Samuel, ninguém segue a Deus de uma só vez. Foi assim na minha vida, o que Deus quis de mim eu nunca sonhei. O que Ele pensou para mim foi muito além do que eu conseguiria.
Tenho ciência das minhas fragilidades, mas me inspiro em São Paulo. Fico olhando para trás? Não! Eu corro, eu avanço, busco o prêmio de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Fl 3,12-14). Eu tenho pressa de evangelizar, eu tenho pressa de falar de Deus e levar a Boa Nova.
E nesse caminho, agradeço muito a Deus que é paciencioso e espera a minha maturidade. Ele vai se valendo da minha fraqueza para mostrar a sua grandeza. Isso pra mim é muito claro e gostaria de ressaltar: onde habita a fraqueza maior é a grandeza de Deus
Eu quero também louvar muito a Igreja que me ordenou que viu em mim sinais vocacionais e disse que eu poderia ser sacerdote. Agradeço muito aos frades carmelitas. Recebi muito de Deus pela ordem do Carmo dentre tantas coisas formação, disciplina, espiritualidade e uma madrinha: Nossa Senhora do Carmo, hoje não estou mais no Carmelo, mas a mãe me acompanha.
Filhos e filhas, desculpe esta mensagem contar mais da minha vida, mas é uma data emblemática e não me canso de agradecer muito a Deus, pois eu sou a prova viva de que Deus, quando quer Ele faz e quando a gente deixa, Ele toma conta.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti