Ainda no clima de São João, que se estende pelo mês de julho em muitas cidades cearenses com as chamadas “festas julinas”, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Quixeramobim, promoveu um ensaio temático com os recém-nascidos que aguardam alta hospitalar. A produção teve bandeirinhas e laços quadriculados e foi promovida pela equipe de Neonatologia e supervisionada pelo Serviço de Controle e Infecção Hospitalar (SCIH) do equipamento.
Além de trazer ânimo às mães que seguem na unidade enquanto os bebês continuam internados, a iniciativa permite que elas possam acompanhar as comemorações alusivas ao período, comemorando o primeiro São João dos pequenos. É uma forma encontrada pela equipe de não perder a oportunidade em ter um registro daquele momento.
Os adereços usados pelos bebês e os adornos que ambientaram os leitos foram produzidos pelas próprias mães, em oficinas supervisionadas pelos residentes do HRSC e com a supervisão da enfermeira coordenadora da Neonatologia, Katia Idalline. O momento promoveu a descontração e o cuidado, além de favorecer a mudança na rotina e o fortalecimento dos vínculos entre elas e a equipe. As imagens da sessão de fotos foram entregues à família como uma lembrança.
Ana Heloísa Bezerra, 19 anos, moradora de Quixeramobim, gostou da proposta. Ela planejava fazer o “mesversário” da filha, Helena (foto), com direito a bolo e junto da família, mas acabou não conseguindo. “É uma forma de ter alguma lembrança e de mostrar para família, para aqueles que ainda não conhecem a Helena. E o bom é que nem parece que a gente tá num hospital, sabe? As fotos ficaram lindas, parecendo um ensaio mesmo!”, conta.
Dandara Bandeira, psicóloga e residente do HRSC, explica que as imagens são importantes porque dão visibilidade à história de cada bebê, permitindo que ele seja apresentado e reconhecido por seus familiares, mesmo à distância. “É uma forma de celebrar sua vida, registrar sua presença e marcar que sua trajetória importa, mesmo em um contexto de fragilidade”, diz a profissional.