O trecho da Ferrovia Transnordestina entre São Miguel do Fidalgo, no Piauí, e o Sertão Central cearense deve funcionar em 2025, com transporte de cargas e um terminal para descarga de materiais. Essa é a projeção do diretor-presidente da Transnordestina Logística S.A (TLSA), empresa responsável pela ferrovia. A informação é do Diário do Nordeste.
O ponto final da ferrovia no Estado é o Porto do Pecém.
A expectativa, no ápice das obras, é de que sejam gerados cerca de 9 mil empregos diretos e 45 mil indiretos.
“A boa notícia é que, mesmo antes de chegar no Porto do Pecém, a partir de 2025, vamos começar o transporte de cargas de São Miguel do Fidalgo e trazer soja, milho e outras cargas que vão surgir e trazer para essa região do Sertão Central, nessa bacia leiteira que existe na região de Quixeramobim, Quixadá e Piquet Carneiro, onde tem muito consumo de grãos”, destacou Tufi Daher.
Dos 11 trechos da ferrovia que passam totalmente pelo Ceará, dois já foram entregues, que são os lotes 1 (Missão Velha – Lavras da Mangabeira) e 2 (Lavras da Mangabeira – Iguatu).
O lote 3 (Iguatu – Acopiara) já está com 38 dos 50 quilômetros concluídos, devendo ser finalizado até “meados de fevereiro”.
A empresa Marquise Infraestrutura relevou, na última terça-feira, 16, que venceu a disputa na Transnordestina Logística S.A. para construir os trechos 4 (Acopiara – Piquet Carneiro) e 5 (Piquet Carneiro – Quixeramobim).
Os trechos 4 e 5 têm previsão de início das obras para março deste ano, com conclusão em “menos de dois anos”.
A licitação para construção do trecho 6 (Quixeramobim – Quixadá) está em “processo final” junto às empresas interessadas.
As obras nos três trechos devem ser feitas simultaneamente, em trajeto de pouco mais de 150 quilômetros entre as três cidades do Sertão Central. Os lotes restantes (6 a 11) devem ser licitados ainda em 2024, concluindo toda a parte de contratos referentes a pré-construção da ferrovia.