A distribuição de refeições por parte das cozinhas cadastradas no programa Ceará Sem Fome começou nesta segunda-feira, 4. A primeira a entregar as alimentações prontas a pessoas em extrema vulnerabilidade alimentar foi a Associação Comunitária Lagoa do Papicu e Adjacências, em Fortaleza. O governador Elmano de Freitas, com a primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do programa, Lia de Freitas, foi ao local para acompanhar de perto o trabalho.
“Estou muito feliz de estar aqui com entidades sérias, que participaram do edital e que estão recebendo valores importantes para termos cozinhas fazendo comida para pessoas, aqui próximas, poderem buscar seu almoço”, pontuou o governador. “É muito bom que a gente possa imaginar que toda família cearense, na hora de almoçar, tem almoço para dar aos seus filhos. E para isso temos passos mais importantes a dar”, completou Elmano.
A cozinha da Associação Comunitária Lagoa do Papicu e Adjacências é a primeira a operar como vinculada ao programa. Até o fim da semana, a previsão é que outras 12 estejam funcionando. O pacto por um Ceará Sem Fome foi lançado em junho e já beneficiou milhares de famílias cearenses com o cartão. Nesta nova fase, estão sendo vinculadas cozinhas para beneficiar pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, que não estão inseridas na lista das mais de 43 mil famílias beneficiadas pelo cartão Ceará Sem Fome.
“Esse trabalho vem sendo construído com uma grande equipe, junto às secretarias do Desenvolvimento Agrário e da Proteção Social. Quero agradecer a essas unidades gerenciadoras que, ousadamente, aderiram a esse edital e abraçaram o programa, que costumamos dizer que é uma união de esforços”, comentou a primeira-dama, Lia de Freitas. “Hoje, já temos 600 pessoas comendo aqui em Fortaleza, sendo duas cozinhas nesta região de Fortaleza, com administração da Associação de União de Jovens do Vicente Pinzón, e temos também outras quatro cozinhas funcionando do outro lado da cidade”, complementou.
Ao todo, já foram investidos R$ 33 milhões nas cozinhas. O Governo do Ceará vai investir, até dezembro deste ano, R$ 87 milhões no funcionamento de até 1.298 cozinhas em todo o estado. A previsão é que 100 mil refeições sejam distribuídas diariamente.
“Eu quero ressaltar, ao povo cearense, que seus impostos estão sendo aplicados nesse programa. É um programa que traz retorno para nosso comércio e para nossa economia local. O nosso cartão Ceará Sem Fome já injetou R$ 37 milhões no ramo de alimento, em todo nosso estado. As cozinhas também vêm gerando empregos, com contratações de nutricionista, cozinheiras e auxiliares. É uma rede. Então, à medida que o imposto é investido, o povo cearense tem um retorno”, explicou a primeira-dama.
Ponte com a população
As Cozinhas Ceará Sem Fome também vêm com o papel de aproximação com a população, sendo possível identificar pessoas invisíveis ao poder público, como aquelas que não possuem registro civil, e consequentemente, não têm acesso ao sistema de saúde e de educação, por exemplo.
De acordo com Elmano, as refeições são apenas um passo na caminhada de melhorar a vida de quem mais precisa. O governador destacou que os próximos passos são mapear quem vai até essas cozinhas, perceber quem da família está hábil a fazer um curso de capacitação, identificar no Sine/IDT onde tem vaga de emprego para essa pessoa e assim “talvez no futuro, ela nem precise mais pegar essa refeição aqui. No entanto, nesse momento ela precisa”.
Repórter Ceará