Adriele Lopes Neto, 26, técnica de Enfermagem que morreu nessa quinta-feira, 24, em Fortaleza, vítima de uma colisão no trânsito, celebrava a conquista recente do apartamento próprio e planejava casar e se dedicar a estudar Fisioterapia. A informação foi dada por familiares da jovem após o sepultamento dela, nesta sexta-feira, 25, na Capital.
“Guerreira, menina espetacular. Trabalhadora. Morreu vivendo a maior felicidade da vida dela. Conseguiu comprar um apartamento com o noivo, ia receber agora. É muito difícil”, desabafou o irmão de Adriele, o agricultor Zildevan Lopes, que mora em Milhã, no interior do Ceará, terra natal da família.
“Ela tinha começado a faculdade de fisioterapia, mas tinha fechado porque [ela e o noivo] compraram um apartamento e estavam pensando em casar. Mas, em janeiro, ela ia voltar para a faculdade”, acrescentou o comerciante Euclides Neto, pai da jovem.
Ele fez questão de destacar a presença no sepultamento dos amigos com quem Adriele trabalhou ao longo da vida. “Difícil demais. Muito difícil. É um corte que tem como aliviar, mas, sarar, não sara. Perder um filho. Principalmente uma filha como a minha, trabalhadora, honesta, boa profissional. Onde ela trabalhou, os profissionais vieram”, ressaltou o pai.
Irmão não culpa motorista do micro-ônibus
Para Zildevan, a colisão que provocou a morte de Adriele foi uma “fatalidade”. Por isso, ele disse não culpar o condutor do micro-ônibus que colidiu com a moto da jovem no cruzamento das ruas Dona Leopoldina e Pinto Madeira, no Centro. Ela estava a caminho do trabalho, no Hospital São Camilo.
“Quero dizer para o rapaz do micro-ônibus que só Deus para confortar ele. […] A gente te perdoa, Deus te perdoa. Tu é um cara trabalhador, estava trabalhando”, disse o irmão mais velho da jovem, emocionado.
O caso ainda é investigado pelo 34° Distrito Policial. (Do Diário do Nordeste)