A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) divulgou na tarde deste sábado, 26, imagens dos três condenados pela Justiça que fugiram na madrugada deste sábado, 26, quando retornavam para uma unidade prisional. Eles foram condenados a um total de 207 anos de prisão, por participação em Chacina ocorrida no município de Quixeramobim, no Sertão Central, ocorrida em 2018.
A viatura saiu do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, onde aconteceu o julgamento, para levar os presos para três presídios diferentes. Segundo os policiais penais que participavam da ação, o trio quebrou a grade da viatura (conhecida como “corró”) e pulou do veículo em movimento.
Os presos que fugiram da viatura foram identificados como Francisco Fábio Aragão da Silva, conhecido como ‘Pão’; Izaias Maciel da Costa, o ‘Mucuim’; e Mateus Fernandes de Sousa, o ‘Gato a Jato’.
De acordo com o jornal Diário do Nordeste, há a suspeita de que houve facilitação por parte dos servidores para a fuga dos criminosos.
Sobre a condenação
O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza e iniciou por volta das 9h dessa sexta-feira, 25, se estendendo até às 23h30. A sessão foi presidida pelo juiz Marcos Aurélio Marques Nogueira.
Os três réus foram condenados pelos crimes de homicídios qualificados por motivo torpe (disputa de facções criminosas) e recurso que impossibilitou as defesas das vítimas, bem como por integrarem organização criminosa.
- Mateus Fernandes de Sousa: 66 anos de reclusão;
- Izaias Maciel da Costa: 70 anos e 08 meses de reclusão;
- Francisco Fábio Aragão da Silva: 70 anos e 08 meses de reclusão.
O caso
O crime ocorreu em 28 de junho de 2018. Conforme a Polícia Militar, as vítimas estavam em um barraco quando foram executadas após serem surpreendidas por um grupo de homens armados de pistola.
As vítimas foram identificadas como sendo Francisco Neto Lopes de Sousa – que foi encontrado morto ao lado de um colchão -, Antônia Damila Alves Pereira, Antônia Heyla Ferreira de Oliveira e Débora Mayra do Nascimento. As três estavam juntas, no banheiro do barraco.
No quintal, segundo a PM, foram encontradas as iniciais “CV”, em menção à facção criminosa carioca Comando Vermelho.
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