Nos últimos dias, Quixeramobim está experimentando o agravamento de uma crise hídrica que tem afetado toda a cidade. Em resposta a essa crise, o município deu início a um racionamento de água, feito a partir de um calendário, onde os bairros são divididos de acordo com os dias da semana, quando devem receber o fornecimento previsto.
O problema é que essa estratégia não está funcionando como deveria, e muitos moradores estão ficando sem água, o que tem gerado duas reações intimamente ligadas: em primeiro lugar, a falta de água tem multiplicado o número de reclamações contra a prefeitura; e em segundo lugar, essa situação dramática tem sido utilizada como um mero objeto de disputa política.
Todos nós sabemos que a falta de água não é um problema que surgiu este ano, mas se trata de um velho inimigo daqueles que vivem em regiões como a nossa, que costuma ser castigadas por longos períodos de seca que acabam prejudicando a população e abalando toda a estrutura da economia local.
Nesse sentido, ao longo de muitos anos, diferentes governos têm investido altas somas de dinheiro na realização de obras cujo objetivo é amenizar ou até mesmo postergar os eventuais danos causados pela seca.
Mas, apesar de conseguirem enxergar o problema, os governos acabam optando por soluções caras e geralmente equivocadas, como é o caso das adutoras, que nunca resolveram a situação.
Duas medidas que deveriam ser implementadas são a colocação de comportas tanto na barragem quanto no açude Fogareiro, e o desassoreamento desses dois reservatórios, o que poderia até mesmo duplicar a sua capacidade de armazenamento.
Em momentos de crise como o que vivemos, é necessário que as lideranças políticas se unam e, juntas, busquem respostas efetivas para os problemas da população, porque o uso político de uma situação dramática como essa, em nada contribui para a sua solução.