Que a Copa do Mundo é um período que aquece bastante o mercado de televisores, empresários e consumidores já estão cansados de saber. Mas o maior evento esportivo mundial tem provocado uma corrida das grandes fornecedoras de TVs no Brasil para lançar modelos cada vez mais modernos e, até certo ponto, futuristas, mesmo que os aparelhos não cheguem às lojas antes da grande competição.
As “flat TVs”, as famosas TVs fininhas na visão popular, devem atingir neste ano, pela primeira vez na história, um número maior de vendas que os aparelhos convencionais. Mas a forte concorrência no setor promete bem mais que apenas designs bem resolvidos. A qualidade da imagem, somado às inovações em conectividade, prometem ser a grande diferenças nas TVs dos próximos meses ou anos. Além disso, a busca pela preferência no mercado 3D também promete esquentar o acirramento entras a grandes do setor no segundo semestre deste ano.
A corrida pelo 3D
Após a popularização do cinema 3D, as TVs entraram de vez no mercado. Mas uma grande questão ainda é recorrente entre os analistas: a TV 3D vai mesmo pegar? A Sony e a Samsung estão investindo alto no mercado e os seus produtos já estão à venda. A Philips entra pela tangente na disputa, mas não acredita que, do jeito que está, ele possa realmente esquentar.
A Bravia 3D, da Sony, já chega para a Copa do Mundo, como pioneira. A marca fechou com a Fifa a transmissão dos jogos do Brasil com a nova tecnologia. Além disso, outros mercados como os de videogames, no caso o PlayStation 3, e os aparelhos de Blu-ray já estão contando com a popularização do 3D para realizar integração entre os três tipos de mercado.
A Samsung em um fórum recente, anunciou a chegada às lojas brasileiras da Série 7000 de suas TVs de LED Full HD 3D. A empresa é outra grande fabricante que já conta como certa a popularização dos aparelhos de TV com tecnologia 3D.
Carta na manga?
O aparente pouco interesse da Phillips na tecnologia 3D pode ter explicação. No evento, realizado em São Paulo, em que destacou os seus lançamentos de 2010, a empresa deixou nas entrelinhas um possível lançamento, possivelmente para 2011, da tecnologia 3D sem a utilização de óculos e outros elementos que tornam mais caros e menos particulares a experiência da exibição em 3D.
De acordo com especulações, o aparelho deve possuir película perfurada com fendas em tecido finíssimo, que fazem com que os olhos sejam “enganados”, criando a sensação de visualização de imagens em três dimensões. Mas há um problema: o preço da tecnologia – algo que poderia custar até R$ 57 mil por aparelho. Todavia, os produtos estão em teste.
CINEMA EM CASA
Philips investe em novo formato de tela
Entre os equipamentos com a Philips pretende competir em 2010, está um modelo de TV com imagens em três dimensões, tela LED no mesmo formato dos cinemas e com acesso à internet a partir de recepção wireless. Tudo ao comando do controle remoto. A novidade deve chegar em setembro.
O modelo “Cinema 21:9” promete revolucionar o mercado de TVs pela experiência de imagens no formato cinematográfico. O novo formato visa eliminar as bordas escuras da imagens e as distorções. Além disso, o recurso “Ambilight” incrementa a sensação de entretenimento, com luzes projetadas na parede atrás do aparelho.
Mas o que deve mudar a forma como o telespectador lida com o equipamento é a conectividade inclusa nesses novos aparelhos. Na “Cinema 21:9” e na “Série 9000”, a TV terá acesso à NET TV, serviço online da Philips, a partir de sinal wireless. Como a cada dia aumenta o número de lares com roteadores, cresce a expectativa deste serviço ampliar o mercado. Mas, por enquanto, a realidade das TVs com internet ainda está distante, devido ao preço e à disponibilidade em aparelhos top de linha.
Fonte: Diário do Nordeste