Em três meses, quatro pessoas morreram no Estado vitimadas pela doença. No Nordeste, o Ceará lidera a lista .
Nesse período chuvoso, todo cuidado é pouco contra doenças como a Influenza A.
De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o Ceará ocupa da quarta posição no Brasil em número de óbitos causados pela nova gripe. Entre janeiro e março desse ano, quatro mortes foram confirmadas no Estado (duas gestantes, um homem de mais de 60 anos e uma criança).Em todo o País, 45 pessoas morreram em decorrência da doença em 2010.
O Pará, com 22 óbitos, lidera o “ranking”. Em seguida aparece o Paraná, com sete óbitos. Em terceiro, o Amazonas, com cinco mortes.Dos 45 óbitos, 16 eram gestantes, o que confirma a importância para quem está nesse grupo, procurar um posto de saúde e se imunizar contra o vírus H1N1, transmissor da Influenza A até o dia 21 de maio.
No Nordeste, o Ceará pulou de quarto, até o início de janeiro, para o topo de lista, seguido do Maranhão, com três mortes registradas. A Paraíba confirmou, na semana passada, a primeira morte do ano causado pela gripa A. Bahia, Pernambuco, Rio Grande Norte, antes, os primeiros da região em número de casos e óbitos, não possuem até o momento, nenhum registro de óbito causado pela doença. Enquanto que o Piauí investiga duas mortes.
Em número de casos confirmados, o Ceará está em terceira posição no Brasil, com 20 ocorrências. Em primeiro, o Paraná, com 459 casos e, em segundo, o Pará, com 151 confirmações.
De acordo com o MS, a concentração de casos no Norte e Nordeste do País, ocorre em função das chuvas e da diminuição da temperatura nesta época do ano. No entanto, as mortes no Ceará, por exemplo, aconteceram ainda no período quente, sem chuvas.
Nesse caso, alerta o titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), João Ananias, a preocupação aumenta muito mais por apenas ter começado a chover no Estado. “É preciso redobrar os cuidados. Os grupos de risco, como gestantes, doentes crônicos e crianças de até dois anos, precisam se imunizar sem temer a vacina, que é eficaz e segura”.
Segundo Ananias, o Plano de Contingência do Estado prevê várias ações para conter o avanço da doença. Entre elas, afirma, até o fechamento de escolas ou outros estabelecimentos públicos se o número de casos e de óbitos aumentar.
Com relação às pessoas, principalmente, crianças saudáveis acima dos dois anos e jovens até 19 anos, fora das faixas para a vacinação pública, o secretário, recomenda que ninguém precisa mudar a rotina e sim tomar as medidas preventivas. “Até porque esse período também traz outras doenças, como a gripe comum e dengue. É preciso tomar os cuidados básicos”.
O coordenador da Célula de Epidemiologia da Sesa, Manoel Fonseca, confirma que um novo boletim sobre a doença deverá ser divulgado hoje. “Por enquanto, nada de novo”, diz.
Ranking Nacional
Pará lidera a lista de óbitos, com 22 mortes confirmadasParaná registrou entre janeiro e março, sete óbitos pela gripe AAmazonas ocupa da terceira posição, com cinco óbitosCeará, com quatro mortes, está em quarto lugar no BrasilMaranhão confirmou três mortes nesse mesmo períodoSão Paulo, Alagoas e Minas Gerais somam um óbito, cada.
(Fonte: Diário do Nordeste)