O deputado Cirilo Pimenta (PSDB) abriu os trabalhos desta quinta-feira (25/03) da Assembleia Legislativa com uma denúncia. Segundo o tucano, a Prefeitura de Senador Pompeu, cidade do Sertão Central cearense e distante 273 km de Fortaleza, obriga funcionários terceirizados a comparecer às sessões da Câmara Municipal para pressionar e ameaçar vereadores de oposição. Caso contrário, são exonerados.
Cirilo disse que o Executivo faz isso para esconder irregularidades da gestão. De acordo com ele, até a Controladoria Geral da União (CGU) já constatou desvios da ordem de R$ 952 mil, falta de merenda escolar, remuneração de professores em desacordo com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, contratação indevida de serviços de assessoria, pagamento de serviços antes da conclusão do processo de licitação e emissão de notas fiscais falsas.
Pimenta informou que o escândalo só veio à tona depois que servidores inconformados encaminharam denúncia à Promotoria do município. “Jamais tinha visto essa força de opressão. Nem na época da revolução de 64 era assim. Isso é um retrocesso que não pode acontecer. É uma ameaça à democracia. Quem cobrava liberdade antes, hoje castra a dos outros”, criticou, referindo-se ao PT, que comanda a Prefeitura.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) classificou a situação como “uma esculhambação político-administrativa do PT”. Ele aconselhou Cirilo a recolher mais provas e levar o caso ao Ministério Público Estadual. “É até uma questão de direitos humanos, deputado! Eles têm que comparecer a enterro, batizado e até acompanhar as amantes dos líderes. Isso é um nazi-facismo-comunismo disfarçado.