Em celebração à tradição e à identidade cultural de Quixeramobim, o município concederá o título de Mestre da Cultura a três expoentes da sanfona: Felipão, Luis Paulo do Acordeon e Tenilson. A honraria, de caráter municipal, é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo e conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc, vinculada ao Ministério da Cultura do Governo Federal.
A decisão destaca a importância desses artistas como guardiões de saberes tradicionais, reconhecendo suas trajetórias dedicadas à música e sua contribuição para a preservação e divulgação da cultura local. O título de Mestre da Cultura é concedido a homens e mulheres que, ao longo da vida, acumularam não apenas excelência em sua arte, mas também se tornaram pilares na transmissão desses conhecimentos às novas gerações. O reconhecimento é promovido por meio de editais e prêmios, com o objetivo de valorizar e apoiar as tradições populares e os saberes de Mestres e Mestras da cultura brasileira. A certificação será entregue em evento no dia 31 de outubro, em Quixeramobim.
Felipão, o “Sanfona de Ouro”
Antônio Manuel Neto, mais conhecido como Felipão, o Sanfona de Ouro, vive da música desde 1968. São 54 anos de dedicação ao forró, reconhecido em várias regiões do Brasil. Desde menino, apaixonou-se pela sanfona, superando muitas dificuldades para seguir no ofício. Sua história foi retratada no filme Puxa o Fole 1, produzido pelo Núcleo de Documentários da SerTão TV.
Luis Paulo do Acordeon
Natural de Quixeramobim, Luis Paulo do Acordeon é um sanfoneiro nato, que aprendeu a tocar de ouvido no sertão, inspirado por Luiz Gonzaga. Ao lado do irmão, Dedé Paulo, animou festas e consolidou-se como referência da cultura local. Com quase 60 anos dedicados ao forró, sua trajetória tornou-se um patrimônio vivo e inspiração artística, retratada no documentário Puxa o Fole 2, também da SerTão TV.
Tenilson do Acordeon
Aos 7 anos de idade, Joaquim Tenilson de Sousa o Tenilson do Acordeon já dava seus primeiros passos na música. A sanfona se tornou parte essencial de sua vida, levando-o a participar de inúmeras bandas do cenário local e regional, como o Forró Maior, entre outras. Ao longo de mais de 60 anos, vem mantendo viva a tradição do forró, transmitindo sua arte a diferentes gerações.

