A violência contra animais em Quixeramobim tem gerado preocupação e indignação entre moradores e ativistas da causa. Nesta segunda-feira, 2, mais um caso alarmante foi registrado na cidade: uma cadela de rua, grávida, morreu com sinais evidentes de maus-tratos na Rua Manoel Martins de Almeida, no Bairro Edmilson Correia de Vasconcelos. A crescente onda de crueldade contra animais expõe a urgência de ações concretas por parte das autoridades locais.
O episódio foi denunciado por uma moradora da região, que, ao se deparar com o estado da cadela, acionou ajuda veterinária. Apesar dos esforços, o animal não resistiu devido à gravidade das lesões. Segundo relatos, há indícios de que a cadela tenha sido brutalmente ferida a faca, já que pedaços de pele ficaram espalhados pela calçada e outros locais por onde ela passou.
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e trouxe à tona um problema que, infelizmente, não é isolado. Segundo a moradora que fez a denúncia, episódios semelhantes de crueldade contra cães e gatos, incluindo casos de envenenamento, têm ocorrido com frequência na região.
A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) prevê punição para maus-tratos a animais, com penas que podem incluir multa e até reclusão. No entanto, a falta de fiscalização e de políticas públicas eficazes faz com que muitos desses crimes fiquem impunes. Quixeramobim, como diversos outros municípios brasileiros, ainda enfrenta desafios na proteção animal, incluindo ausência de infraestrutura, falta de programas de castração, campanhas de adoção e mecanismos de denúncia acessíveis.
O portal Quixeramobim Agora e demais veículos que integram o Sistema Maior de Comunicação vêm denunciando os casos de violência e abandono de animais, buscando pressionar as autoridades para que medidas sejam tomadas.
O diretor-presidente do SMC, Sérgio Machado, publicou logo após a repercussão do caso um artigo no portal Repórter Ceará destacando a necessidade urgente da criação de políticas públicas voltadas para a proteção dos animais de rua. Segundo ele, “Quixeramobim precisa sair da inércia. A ausência de políticas públicas eficazes para os animais de rua é uma ferida aberta. Falta estrutura, faltam programas de castração, educação ambiental, campanhas de adoção, fiscalização contra maus-tratos e, principalmente: vontade política.”
O aumento dos casos de violência contra animais em Quixeramobim exige uma resposta imediata das autoridades locais, principalmente da segurança.
Quem se deparar com casos de violência contra animais, denuncie. Basta ligar para o 190.