O Brasil inteiro está em alerta para as consequências da picada do Aedes aegypti, o mais famoso dos mosquitos. Depois de anos sendo combatido por ser vetor do vírus da dengue, esse bichinho preto com manchas brancas agora ameaça também por causa da febre Chikungunya e do zika vírus.
A pequena cidade de Água Branca, no Piauí, é uma das referências no combate ao Aedes. Com 16 mil habitantes, o município, que fica a 150 km de Teresina, registrou em 2015 apenas sete casos de dengue, e nenhum das outras doenças. O número é bem inferior à média nacional, que bateu recorde no ano passado.
O segredo para os bons índices é uma campanha de saúde pública iniciada em 2013. Desde então, os agentes de controle de endemias vêm visitando praticamente todas as residências da cidade, incluindo as da zona rural, e classificando-as em 3 grupos: as casas sem larvas do mosquito recebem um selo da cor verde; as casas sem larvas, mas com locais com água acumulada, recebem um amarelo; e as casas onde são encontradas larvas recebem um selo vermelho.
Após a visita inicial, cada residência é monitorada de acordo com o código recebido. Os selos inspiraram os moradores, já que todo mundo queria o selo verde estampado em sua fachada. Iracema Lopes, por exemplo, recebeu o sinal vermelho na primeira visita dos agentes. Após isso, reviu alguns hábitos e, quatro meses depois, o adesivo em sua casa era o verde.
Na última vistoria, 70% dos imóveis de Água Branca foram classificados como livres de focos do mosquito. O sucesso inspirou o governo estadual, que levou a iniciativa para outros municípios.(Fonte: Hypeness)