Com a estiagem que assola o Nordeste brasileiro nos últimos cinco anos, os produtores tem amargado duras perdas, sobretudo na nutrição de seus animais em Quixeramobim.
Com o rebanho enfraquecido, alguns produtores revelaram a reportagem estarem relutantes em aplicar a vacina contra a febre aftosa temendo perder o animal: “Meu gado está fraco. Pode não suportar”, disse um produtor.
Durante participação no Programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM 840, nesta quinta-feira, 17, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), Augusto Júnior, desmistificou o fato.
“Não tem isso. O pessoal tem que entender que é uma vacina oleosa e se mal aplicada vai gerar aquele caroço. O que orientamos sempre: Procure conversar com um médico veterinário do serviço público, ou privado, que com certeza ele vai orientar como ele deve proceder com a vacina. Existe aquele folclore que a vacina é ruim, quebra o leite. Mas porque quebra o leite? Uma coisa é você vacinar o animal com calma, nas primeiras horas do dia e o animal sem estresse. Outra coisa é você chegar já tangendo, com cavalo, gritando, colocando os animais no brete, batendo. O que causa a quebra do leite é o estresse do animal”, disse.
A Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, iniciada no último dia 1º de novembro, segue até o dia 30 de novembro. A expectativa é que sejam vacinados acima de 95% de bovinos e 85% de propriedades, do total do rebanho de 2,5 milhões animais. Quixeramobim tem o maior rebanho bovino além de ser a maior bacia leiteira do Estado.
Postado por: Jornalismo – Sistema Maior de Comunicação