A agricultora aposentada Maria de Lourdes Leite, 74, foi a primeira paciente submetida a uma cirurgia para retirada de um câncer, no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O procedimento foi realizado na unidade na última segunda-feira, 15, mesmo dia em que o Serviço de Oncologia foi inaugurado, com a presença do governador Elmano de Freitas, e da secretária da saúde, Tânia Mara Coelho.
Moradora da localidade de Lagoa do Umbu, zona rural de Aiuaba, um dos 20 municípios cobertos pelos serviços de média e alta complexidade ofertados no HRSC, Maria de Lourdes diz que convivia com um caroço próximo ao olho direito. Com o início dos atendimentos de oncologia no HRSC, ela destacou a comodidade em ser atendida no local. “O doutor disse que precisava tirar e no mesmo dia eu fui operada. Eu achei foi bom me mandarem pra cá, é mais perto de casa”, comemorou Maria de Lourdes.
Ela chegou ao HRSC por meio da Central de Regulação e foi uma das 12 pacientes atendidas na última segunda-feira, quando a unidade de oncologia passou a funcionar. O serviço vai beneficiar cerca de 600 mil habitantes da macrorregião em saúde do Sertão Central, com serviços como cirurgia, quimioterapia, mastologia entre outros, e fortalecendo a estratégia de regionalização da saúde.
Qualidade mais perto de casa
Jefferson Oliveira, cirurgião oncológico do HRSC que atendeu Maria, reforça que o atendimento oferecido à paciente, possui a mesma qualidade dos serviços de referência da Capital. “A gente conseguiu operar com todos os recursos de uma cirurgia especializada, técnica adequada, sem dor no pós-operatório e com 24 horas ela já recebeu alta, e em breve deve contar a história de alegria por ter vencido o câncer”, disse o médico.
Maria de Lourdes recebeu alta no dia seguinte e continua sendo acompanhada, mas agora, bem mais perto de casa, pela equipe do HRSC. “Fui muito bem atendida, nem esperava que fosse tão rápido, mas graças a Deus, foi. Agora, vou voltar pra casa operada”, conta, entusiasmada.
Jefferson Oliveira salienta ainda que o serviço implantado na região beneficia não só o paciente, mas também a família. “Realizar a primeira cirurgia tem um significado enorme, tanto pessoal como de política pública. Hoje a gente vê uma conquista para essas pessoas e para as famílias dela, é um marco na descentralização em saúde”, completa.