Morreu nesta segunda-feira, 17, em Quixeramobim, o sanfoneiro Geraldo Ferreira, aos 72 anos. A notícia pegou todos de surpresa, tendo em vista que no final de semana também morreu o sanfoneiro ‘Nonô’, aos 69 anos.
Geraldo sentiu-se mal e foi levado ao Hospital Regional Dr. Pontes Neto, mas não resistiu. A causa da morte deve ser investigada. Seu Geraldo, como carinhosamente era conhecido, participou no domingo, 16, da despedida do amigo ‘Nonô’ e, emocionado, tocou pela última vez sua sanfona branca.
Com longa trajetória no mundo da música, Geraldo começou a criar laços com aquela que seria sua maior companheira, a sanfona, aos 13 anos de idade tocando ‘uma nove baixos’. Aos 15 já estava familiarizado com o instrumento que o renderia a profissão de músico sanfoneiro. Mesmo com a arte na vida, nunca esqueceu do seu sertão da Berilândia, na zona rural de Quixeramobim.
Geraldo Ferreira acumulou uma grande carreira no mundo do forró. A vida deu a Ferreira um parceiro que ele considerava como um pai, o também sanfoneiro João Bandeira. Foi João que descobriu o menino que tocava timidamente no sertão quixeramobinense. O sanfoneiro afamado carregou Geraldo pelo mundo dos palcos e ofereceu a experiência necessária para que se tornasse o grande musicista que foi.
Certa vez, em entrevista ao Sistema Maior de Comunicação, Geraldo disse que Bandeira teria dito que ele seria seu sucessor. Geraldo também revelou que ele ensinou o filho de João, o João Bandeira Júnior, nos primeiros acordes. Uma trajetória que nunca mais será esquecida. Na mais recente passagem pela SerTão TV, Geraldo chegou a dizer que “a sanfona era sua vida”.
Nota
O Sistema Maior de Comunicação, em nome do diretor-presidente, Sérgio Machado, lamenta profundamente a morte de Geraldo, figura sempre presente em programas do grupo. Força a todos os familiares e amigos neste momento de dor.