O diretor da Escola de Tempo Integral Assis Bezerra, em Quixeramobim, Ricardo Barros, em vídeo divulgado nessa quinta-feira, 03, em suas redes sociais, negou as acusações de furto de merenda escolar na unidade. De acordo com ele, os alimentos levados da escola foram para pagamento de um pedreiro que realizou um serviço de reparo no banheiro dos professores.
No vídeo, o diretor disse ainda que alguém usou de má fé ao divulgar as imagens do sistema de câmeras que ele mesmo havia comprado e instalado, com o objetivo de evitar furtos e roubos na escola.
“O que de fato aconteceu é que quando cheguei na escola havia um serviço sendo realizado no sanitário no banheiro dos professores, estava uma quebradeira danada e vi que não tínhamos dinheiro para pagar. Então fui no depósito da merenda, peguei alguns itens, coloquei no meu carro e os levei para a casa da minha mãe, para que depois o pedreiro pegasse os alimentos como forma de pagamento, entendendo que não iria faltar para a escola porque iria ser reposto depois”, disse.
O diretor mostrou um documento que, segundo ele, é o decreto do juiz o liberando do crime de peculato-furto e reiterou que em dez anos na escola nunca foi acusado de coisas desse tipo.
“A escola não pode ser maculada por conta de uma questão tão ínfima dessa. Quem conhece minha índole sabe que jamais eu seria capaz disso e de me sujar por conta disso. A intenção sempre foi essa, de ajudar no pagamento do pedreiro. Estou tranquilo, a justiça vai ser feita, bola pra frente”, concluiu.
Diretor vai responder em liberdade
O diretor preso em flagrante acusado de roubar carne da merenda escolar da unidade foi solto nessa quinta-feira, 03, um dia após ser detido, e responderá em liberdade pelos crimes de furto e peculato (quando a pessoa se beneficia de um cargo público para cometer crime). Entre os produtos furtados pelo servidor estão peças de carne de alto valor, pão, leite, arroz, macarrão e outros.
A defesa de Francisco Ricardo de Oliveira Barros encaminhou nota à nossa equipe. O advogado do agora ex-diretor da Escola revelou que seu cliente é inocente e que as imagens compartilhadas foram descontextualizadas.
“A defesa informa que, nesta manhã, em sede de audiência de custódia, foi concedida a liberdade do Sr. Francisco Ricardo de Oliveira Barros. Ademais, explica que as imagens que circulam nos meios digitais foram descontextualizadas e destoam da realidade dos fatos. Destaca-se, na oportunidade, que as acusações são infundadas e reitera a inocência do acusado”.
A Secretaria da Educação (Seduc) disse que, por meio da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 12, acompanha a ocorrência e vai adotar as providências necessárias, incluindo processo legal para afastamento do profissional.