A leitura começou a ser usada como forma de diminuir o tempo de pena de presos cearenses. Cerca de 400 internos do sistema penitenciário do estado fazem parte do programa. Após um ano de estudos para a regulamentação da lei que institui a redução da pena a partir da leitura, o projeto entra em prática.
Os livros já foram distribuídos e os leitores participaram, na última segunda (22) e terça-feira (23), de oficinas com ensinamentos sobre como escrever resenha ou relatório de leitura que precisa ser entregue.
No total, estão participandos 438 internos de cinco grandes unidades prisionais – do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), Casas de Privação Provisória de Liberdade II e III, Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa e Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo.
De acordo com Cristiane Gadelha, coordenadora de inclusão social do preso e do egresso, serão distribuídos folders explicativos e ministradas oficinas. “Essas serão oportunidades para que eles esclareçam as dúvidas sobre o processo de leitura e sobre o relatório que eles deverão produzir ao fim de cada livro lido”, explica.
Os participantes terão um mês para ler as obras. Depois de concluída a leitura, eles deverão escrever um relatório ou resenha sobre a obra lida. O texto produzido será então corrigido pelos professores da Escola EEFM Aloisio Leo Lorscheider, que ministram aulas dentro das unidades prisionais. Para contar para a remição, a nota deve ser maior que 6.
Durante um mês, pode ser lido somente um livro. Os internos que alcançarem notas superiores a 6 nos relatório produzidos, terão quatro dias a menos em suas penas. (Fonte: Tribuna do Ceará)