Segundo o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBF) e da Associação de Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Aramicy Pinto, a verba deveria ter sido enviada pelo Ministério da Saúde para a Prefeitura de Fortaleza até o quinto dia útil de janeiro e, daí, ser repassada para a rede. Contudo, o depósito ocorreu apenas na última segunda-feira (19). “E somente ontem (quarta-feira), o dinheiro entrou no Município”, explicou o presidente da Ahece. Contudo, ele destaca ainda que a verba continua bloqueada porque “a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) está com o empenho fechado”, ou seja, os pagamentos ainda não estão sendo feitos.
E o problema não está apenas no recebimento dos recursos, mas no valor. Aramicy Pinto revelou que o montante enviado relativo a dezembro de 2014 corresponde a 70% do total, “que já não é suficiente para cobrir as despesas”.
Mesmo assim, o valor corresponde a cerca de R$ 77 milhões. “Isso dá um mal-estar, porque os médicos estão insatisfeitos e os hospitais incapazes de gerirem”, completou.
Enquanto o poder público não consegue resolver o problema na Saúde, a Justiça tem sido cada vez mais acionada pela população. No próximo dia 3 de fevereiro, será realizada, na 2ª Vara Federal, uma audiência de conciliação entre representantes da União, do Estado do Ceará e do Município de Fortaleza e da Defensoria Pública da União (DPU).
A determinação partiu de uma ação civil pública da própria DPU. De acordo com o órgão, o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) também vai ser ouvido. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)