As atividades legislativas estão paradas desde o dia 22 de dezembro. Após o recesso, os deputados federais que foram reeleitos só vão voltar à Câmara após o dia 1º de fevereiro, quando será realizada a cerimônia de posse.
Durante todo esse período sem pisar nos corredores verdes do Congresso Nacional, cada deputado receberá, no mínimo, R$ 136,4 mil, entre salário e benefícios. O mesmo ocorre com os deputados que não foram reeleitos. Apesar de estar deixando a casa, eles também vão receber durante as ‘férias’ de janeiro.
O cálculo corresponde à soma do salário de R$ 26,7 mil mais os benefícios a que os parlamentares têm direito. A conta considera os vencimentos sem o reajuste de 26% aprovado em dezembro e que entrou em vigor nesta semana – agora cada parlamentar receberá o salário de R$ 33,7 mil. O novo salário só cairá na conta dos deputados a partir de fevereiro.
Além disso, todos os deputados podem receber um auxílio moradia no valor de R$ 3.800, cota para atividade parlamentar que varia entre R$ 27,9 mil e R$ 41,6 mil, de acordo com seu Estado, e uma verba de gabinete de R$ 78 mil. Os deputados que moram em apartamentos funcionais não recebem o auxílio moradia, já que não têm custos com os apartamentos. A verba de gabinete é destinada ao pagamento de salários dos secretários parlamentares e funcionários que não precisam ser servidores públicos, os chamados “comissionados”. Cada um dos 513 deputados pode contratar até 25 funcionários para seu gabinete pagando salários que vão de R$ 845 a R$ 12.940.
Cota parlamentar é o dinheiro disponibilizado para que cada deputado arque com despesas de passagens aéreas e telefonia. Como o preço das passagens varia de acordo com o Estado do parlamentar, os valores da cota também têm variação. O valor também é usado para o aluguel de imóveis que sirvam de escritório, combustível, segurança e propaganda. Apenas as despesas de combustíveis e serviços de segurança têm limite mensal — até R$ 4.500. Quando as despesas no mês ultrapassarem esse valor, a Câmara dos Deputados reembolsa apenas o limite. Somando todos os custos, utilizando sempre os valores mais baixos, cada deputado custará, portanto, R$ 136,4 mil, um dos vencimentos mais caros do mundo. (Do R7)