Em pouco mais de 15 horas, dois alunos foram atingidos por disparos, em suas respectivas escolas. O primeiro sofreu ferimentos no ombro e no peito, dentro da sala de aula. O segundo não resistiu aos tiros na cabeça e morreu. Os agressores são estudantes.
Dois tiroteios em escolas públicas de Sobral, na Região Norte do Estado, a 224 quilômetros de Fortaleza, resultaram na morte de estudante de 15 anos e em lesão corporal de outro aluno, da mesma idade.
O caso mais grave ocorreu na manhã de ontem, no Centro de Educação de Jovens Adultos (Ceja) Professor Cecy Cialdini, quando, em ação ousada, o adolescente Francisco Diony Silva, o “Acerola”, foi atingido por disparos na cabeça, quando deixava o veículo da Justiça, que fazia o transporte de adolescentes em conflito com a lei. À tarde, ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com a direção da escola, a vítima pertencia ao Núcleo Menor do curso supletivo, e tentava concluir o Ensino Fundamental. De acordo ainda com a direção da escola, o acusado, Ricael Alisson Torres Frota, o “Tripinha“, 19, também é estudante da mesma unidade de ensino e tenta concluir o Ensino Médio.
Segundo a Polícia, o motivo do crime foi vingança, entre duas gangues rivais, pois o adolescente era acusado de ter assassinado um integrante do grupo do acusado. Ricael Alisson conseguiu fugir após os disparos, mas foi preso no início da tarde, nas proximidades da sua residência. Conforme a Polícia, ele já responde por um outro homicídio e a prisão pode ser considerada em flagrante.
Sala de aula Outro caso ocorreu em plena sala de aula, na Escola de Ensino Fundamental Antenor Naspolini, no bairro Dom José, na noite de quarta-feira. Conforme a Polícia, um adolescente foi atingido no ombro e no peito por disparos efetuados por outro adolescente. Colegas da vítima e do acusado contaram à Polícia que a causa do incidente foi a rixa entre os dois alunos, depois que eles haviam se envolvido em luta corporal.
A vitima foi conduzida à Santa Casa de Misericórdia e, segundo a equipe médica, não correria risco de morte. O acusado fugiu.
E Mais
>Segundo a Polícia, o estudante que efetuou os disparos contra o colega de classe, em plena sala de aula, teve ajuda de outras pessoas para pular o muro da escola, que havia encerrado o horário da entrada de alunos.
>Com receio de identificar o acusado da morte do estudante do Ceja Professor Cecy Cialdini, um inspetor da Delegacia de Sobral desligou o telefone, diante da insistência do O POVO.
>Mais tarde, em nova ligação, ele se tranquilizou ao saber que os dados já haviam sido passados pela PM.
“Pelo amor de Deus, é porque a coisa tá braba. Você sabe como as coisas andam”, desculpou-se o inspetor, ao (equivocadamente) referir-se à determinação do secretário Roberto Monteiro, sobre a exibição de imagem de presos. E não sobre repassar informação.
(Fonte: Jornal O Povo)